Sobre
O movimento
A capoeira surgiu de uma luta pela liberdade de africanos escravizados no Brasil que foram desumanizados por seus captores. A luta pela dignidade continua hoje no Brasil e continua na Palestina, onde vemos os palestinos sofrerem um tipo semelhante de desumanização. Primeiro, através da sua expulsão das suas casas durante a Nakba e subsequentemente vivendo sob o regime do apartheid de Israel, foi-lhes negado o direito de viver a vida plena e livre que merecem.
Mesmo diante do genocídio em curso em Gaza, muitos mestres e professores de Capoeira permaneceram em silêncio diante desta opressão. Os professores israelitas, alguns dos quais apoiam abertamente a destruição de Gaza, ainda são convidados para eventos em todo o mundo.
Tal aprovação tácita vai contra o espírito da Capoeira que é uma ferramenta contra a opressão, uma ferramenta para a dignidade do ser humano. Esta forma de arte, herança transmitida ao longo dos séculos, não deve ser utilizada para legitimar a opressão.
O que estamos fazendo
No mínimo podemos dizer “não” aos professores de capoeira que toleram e apoiam a opressão/assassinato/genocídio dos palestinos. Podemos dizer “SIM” aos professores de capoeira que se solidarizam ativamente com a causa palestina e que, no mínimo, estão dispostos a criar um espaço seguro para objetores de consciência.
O boicote e o desinvestimento são táticas poderosas na luta por uma comunidade mais justa. Os movimentos BDS foram fundamentais no movimento anti-guerra durante o Vietname e durante o movimento anti-apartheid na África do Sul. Consequentemente, estamos a criar esta lista de professores e comunidades onde é seguro pelo menos ter um diálogo aberto para que todos possamos crescer.